quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Libertando das amarras do passado
A VITÓRIA SOBRE O MUNDO
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Argumentos para a salvação (3): e agora, o que se deve fazer?
Bem, finalizando a série sobre os argumentos para a salvação, chegamos ao último ponto, que se refere a uma atitude que une as duas verdades vistas anteriormente. Serei muito prático nesse ponto e farei o possível para expor de maneira clara, simples e objetiva, sobre esse assunto. Vamos lá?!
O primeiro argumento que tratamos se referiu à situação do homem, um ser pecaminoso totalmente distante de Deus, longe de ser amigo de Deus ou amigo do Evangelho, inimigo de Deus, pecador, perdido, morto em seus delitos e pecados. Já o segundo argumento falou sobre a providência de Deus, que baseado em Sua graça, Sua misericórdia e em Seu amor, mandou Seu Filho para morrer pelos pecadores. Mas, se Cristo morreu por todos os pecadores, logo todos são salvos. Se todos são salvos, a Bíblia perde seu valor de verdadeira, pois se todos são salvos, não haveria inferno, julgamento ou condenação. Assim, há uma particularidade para aqueles que forma salvos, que são salvos e que serão salvos, e essa coisa que todos têm em comum é a fé.
Como diz o autor de Hebreus, “a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem” (Hebreus 11.1). A fé é o alicerce da esperança do cristão, em uma coisa que ele não vê e não viu, mas que ele vive e sabe que um dia verá. A fé é algo que, como a casa firmada na rocha, pode ser abalada, mas se está alicerçada em Cristo, é certo que não acabará. Falo isso porque vivo isso. Há momentos em que a fé parece não existir, mas Cristo nos levanta, nos segura e nos dá paz… Realmente, a fé é meio que um “sentimento louco” por uma “coisa louca”, mas é essa “loucura” que nos garante a vida eterna, porque essa “loucura” é mais real do que as coisas que eu vejo ou que eu toco!
Mas, em relação aos não cristãos, o que é a fé, o que ela significa e como ela pode ser vivida ou praticada? Vamos aos pontos:
a) a fé é real quando ela é colocada na cruz de Cristo: a fé só pode ser real quando se crê na obra de Cristo na cruz, especialmente na cruz. Não é fé na grandeza de Deus, nem fé na soberania de Deus, nem fé causada por medo de Deus, mas fé motivada pelo amor de Deus pelo seu povo, mandando Cristo para morrer na cruz por pecadores! Se eu sou pecador, e creio na morte de Cristo por pecadores, logo eu estou incluído no plano de salvação de Deus por meio de Cristo! É isso! É comum vermos crentes cobrando fé de não cristãos por terem recebido uma suposta “bênção” de Deus. Isso é ridículo! A fé só é real e tem base sólida quando eu creio que Jesus morreu por mim! Nada mais e nada menos…
b) ter fé significa crer e descansar na obra de Cristo, e ver que nada mais importa no mundo: é interessante observar que para ser salvo, basta crer em Cristo. Crer em sua efetiva morte por mim, crer nas suas promessas de vida eterna aos que crêem, crer no seu poder e no seu amor ao salvar perdidos e trazer os mortos espirituais à vida. Quando uma pessoa compreende que estava indo ao inferno devido aos seus pecados, ela busca uma solução. Não uma solução para deixar de errar, não uma solução para deixar de beber, de fumar, de se drogar, de se prostituir, de ser orgulhosa, arrogante, mentirosa ou algum outro pecado. Ela precisa de uma solução efetiva e que faça com que ela seja decretada perdoada, e Cristo oferece esse perdão. Nunca vamos deixar de ser pecadores, e Cristo sabe disso. Por isso ele veio ao mundo, para nos salvar, nos perdoar e nos santificar, ou seja, nos tornar santos, separados do pecado, mas pecadores santos! É por isso que a fé só pode ser real se estiver em Cristo, pois quando eu pecar, saberei que Jesus morreu justamente para perdoar meus pecados! Isso é descansar em Cristo! É ver que Deus mandou seu Filho pela minha alma, pela minha salvação, e não simplesmente pelos meus problemas diários, pois havia um problema ainda maior, e esse problema já foi resolvido por Deus ao mandar Cristo para morrer na cruz! Isso é maravilhoso!
c) na prática, a fé é simples: a fé é simples porque Cristo é simples. Veja: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo” (2 Coríntios 11.3). Paulo, nesse texto, faz uma incrível comparação entre a igreja e Eva. Eva estava em uma situação perfeita, no paraíso, em paz, tudo certo, harmonizado, tranquilo, com seu marido, tudo o que queria para comer e beber, flores, frutos, árvores, paisagens lindas, amizade direta com Deus, criada diretamente das mãos de Deus, não havia nada melhor! Mas Eva preferiu complicar, e se permitiu complicar ao dar ouvidos à serpente, e assim comprometeu todo o bem estar que ela e seu marido tinham… Da mesma maneira, Jesus providenciou o necessário para a igreja: já morreu pela igreja, já salvou a igreja, já está trabalhando pela santificação da igreja, já deixou Sua Palavra para a igreja, já fala com a igreja através da Sua Palavra, já mostrou Seu amor pela igreja ao morrer por ela, enfim, já fez tudo e está fazendo tudo o que é necessário para a manutenção da igreja no mundo… Mas a igreja quer complicar tudo, quer basear a salvação pelas obras, já não fala de Cristo como Salvador, mas como abençoador. Só quer saber de dons e dons, e não se alegra mais com a mensagem de salvação através de Cristo. Esquece de Cristo como Salvador, para pedir solução para os problemas da família, de casa, do trabalho… Acham que o problema maior é o vício, o roubo, a violência, quando na verdade o maior problema é estar distante de Deus.
Amigos, venho chamar vocês para uma fé simples, grata a Deus simplesmente por ter nos chamado das trevas e nos transportado para o Seu Reino! Isso não empolga vocês? Isso não os deixa eternamente gratos? Isso não os deixa felizes? Isso não renova a esperança de vocês? Então temo que vocês não saibam ainda o que é a verdadeira fé, a fé simples, mas poderosa, em Cristo Jesus. Que Ele possa firmar-nos em Sua presença, fortalecendo a nossa pequena fé Nele…
Concluindo essa série, venho pedir a vocês que preguem essa mensagem, mensagem que diz que o homem é pecador e que ele precisa de Deus. Mensagem que diz que Deus providenciou um caminho para a salvação do homem, e que se ele crer e viver de acordo com a vontade de Deus, ele é salvo por Cristo. Essa é a única mensagem a ser pregada. Por favor, por amor a Cristo, preguem essa mensagem, pois “como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?” (Romanos 10.14)
Lutando a cada dia para ter uma fé cada vez mais simples e eficaz,
Douglas.
Argumentos para a salvação (2): a providência de Deus
Entendendo que você leu o primeiro argumento, o que se refere à situação do homem, escrevo o segundo argumento, ou o segundo tema, que deve ser citado quando se está evangelizando, ou explicando a alguém o caminho pelo qual ela deve ser salva. Neste texto, mostrarei o outro extremo, que não tem relação direta com o homem, mas sim com Deus.
Deus providenciou algo, demonstrando o seu amor enviando Cristo para morrer. Aqui, cabe uma questão: por que Jesus veio? Ou para quê Jesus veio? A resposta é: para morrer por pecadores. Se a pessoa reconhece que é pecadora, ela está apta a receber Cristo, pois Cristo morreu por pecadores. O Evangelho é para pecadores, e é por isso que é necessário que uma pessoa saiba que é pecadora, para ser apta a receber a Cristo em seu coração.
É interessante também perceber que há uma relação estreita entre a situação do homem e a providência divina. Um leva ao outro, ou seja, a situação do homem em geral leva à providência de Deus. É uma relação inevitável, pois quando uma pessoa compreende que todo mundo, inclusive ela, está longe de Deus por causa do pecado que ela sabe que realmente existe dentro de si e de cada um, ela percebe que há uma necessidade dentro dela, e de cada pessoa, de ser curada desse mal maior, que está levando todos, ou que condena todos. Assim, é preciso falar da providência de Deus. Mas que providência?
Como falei, Cristo é a providência divina. Mas o que é que faz de Cristo a providência de Deus para os pecadores? A resposta é que a missão de Cristo foi nascer para morrer por pecadores. Cristo veio ao mundo, como o remédio para a cura do problema do pecado. Cristo veio para os doentes, e não para os sãos. Assim, se alguém é doente, precisa de remédio para ser curado. Se todos estão doentes, logo todos precisam do remédio, ou seja, todos precisam de Cristo. Mas nem todos observam que precisam Dele, e é aí que entra o papel de quem está pregando o Evangelho. Quem prega deve tirar a venda do mundo, mostrar para o ouvinte aquilo que ele realmente é, e a solução de Deus para o mundo enviando Cristo como Salvador do mundo, dos pecadores, dos maus, dos doentes. Cristo foi altamente movido pelo amor, ao morrer por pessoas que, por serem más, pecadoras e sujas, merecem o inferno! E graças a Deus por isso, pois é esse amor perfeito por pessoas imperfeitas que é a garantia de que Jesus veio nos salvar. Paulo diz: “Mas Deus prova seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8). Essa é a verdade, que a morte de Cristo é a prova mais do que suficiente de que Ele nos ama, e esse amor incondicional, que não pode ser medido, estende a salvação para os pecadores! Veja quão grande é a graça de Deus, manifestada em pecadores que não merecem de maneira alguma essa graça! É algo tão maravilhoso que é grandioso demais para ser compreendido, mas deve ser recebido! Obrigado, Jesus, por ser a ponte entre Deus e os homens, no que diz respeito à nossa salvação!
Precisando aplicar essa verdade em meu peito, mas feliz por essa verdade existir,
Douglas.
Argumentos para a salvação (1): a situação do homem
Bem, conforme falei no último texto publicado, estarei escrevendo algumas postagens relativas a argumentos e proposições que devem, de acordo com a Bíblia, ser expostas aos não crentes no ato do evangelismo. Assim, o primeiro ponto que vamos tratar é sobre a situação do ser humano.
Paulo, escrevendo aos Efésios, diz: “Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência. Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne, seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira” (Efésios 2.1-3). Você entendeu este texto? Você conseguiu compreender o que Paulo vem tratar nesse texto? Ele fala que todos nós, cristãos, vivíamos de acordo com o curso, com o movimento, com a correnteza deste mundo em que vivemos, ou seja, vivíamos de acordo com nossa carne, nosso eu, nossos desejos e nossas vontades. Mas, se você observou bem, Paulo declara que vivíamos de acordo com o espírito, ou seja, as influências, que hoje atuam ou conduzem os filhos da desobediência, ou seja, os incrédulos. O que Paulo fez nessa passagem foi colocar os crentes de Éfeso e de todo o mundo no mesmo pé de igualdade, dizendo que tanto os crentes quanto os incrédulos foram conduzidos (os incrédulos ainda são) por essa influência, que os leva a fazer o que querem. Mas, que influência é essa que todos teriam em comum?
Para desenvolver a resposta dessa questão, farei uma ilustração que eu usei uma vez, de acordo com 1 João 1.8. Pensem em Deus como o nosso fabricante, o fabricante dos seres humanos. Ele fez Adão e Eva perfeitos, bem feitos. Mas, eles adquiriram um defeito, um defeito que se estende a todas as pessoas. Esse defeito é o pecado. Devido ao pecado de Adão (o pecado original, ou seja, o pecado de origem), todos nós temos esse defeito, ou seja, todos nós temos pecado, e portanto, somos pecadores. Esse pecado que temos não se resume às coisas erradas que fazemos, pois mesmo que nós não façamos nada de errado, continuamos pecadores; em outras palavras, somos pecadores em essência. Essa essência é o que todos temos em comum: a essência pecaminosa. E esse é o espírito, ou a influência, a que Paulo se refere no texto de Efésios.
A situação do mundo, e do ser humano em geral, é que ele anda segundo essa influência, ou seja, segundo a carne, ou se preferir, segundo o pecado. Essa é uma das verdades fundamentais que um não cristão deve saber antes da conversão, ou para se converter. Se uma pessoa não entender ou não souber o grande problema que tem, nunca desfrutará da grande solução traçada por Deus, e nunca terá paz, nunca sossegará, nunca descansará, nunca será aliviada. Fernanda Brum, em seu hino “Vaso de alabastro”, diz algo que cabe no que eu estou dizendo. Ela diz: “Só quem conhece a grandeza do perdão que recebeu, entrega em amor todo o tesouro seu para adorar a Deus”. Só é possível conhecer o perdão de Deus, e a grandeza dele, se percebermos o tamanho da dívida que temos a ser perdoada. Portanto, é altamente necessário, antes de qualquer coisa, falar do pecado do homem, humilhá-lo mostrando sua situação, e só assim ele poderá procurar efetivamente o remédio, que é Cristo.
Precisando do remédio para a minha alma,
Douglas.
“Jesus Te ama”?!
Há uns dias atrás, me veio uma ideia de escrever alguns argumentos com bases bíblicas para o evangelismo. Penso e observo que os métodos de evangelismo nos dias de hoje são, em sua maioria, fracos, vazios, sem mensagem consistente e, em certo ponto, até antibíblicos. Não vou debater, nas postagens que escreverei, sobre o que é certo e o que é errado, mas apenas mostrarei os temas que precisam estar incluídos na mensagem de salvação.
Mas, na postagem de hoje, quero mostrar porque o fato de dizer a um não cristão que Jesus o ama, não o levará, provavelmente, à salvação em Cristo. Sei que Deus pode se utilizar desse método e dessa simples frase para mudar a vida de alguém (lembre-se de que Deus já usou até uma jumenta…), mas não podemos fazer disso uma regra e achar que dizer “Jesus Te ama” é o modo correto de evangelizar.
1º) Dizer a um incrédulo que Jesus o ama pode ser perigoso – pois, seu eu digo a uma pessoa que é praticante de um ato maldoso que Jesus a ama, ela pode pensar que Ele a ama mesmo que ela cometa o crime ou os erros que ela vem cometendo. Não sei se ficou claro, mas se eu sou pecador, e nunca ouvi o Evangelho, e na primeira vez que ouço, simplesmente “descubro” que Jesus me ama, é certo que me orgulharei de tudo o que eu fiz, mesmo com meus erros, pois “descubro” que ele me ama porque, no meu ponto de vista, tem algo bom em mim que faz com que ele me ame. Ou seja, é uma camuflagem da crença na salvação pelas obras. No fundo, as pessoas vivem como se suas obras fossem levá-las a algum lugar melhor. É comum ouvir pessoas dizerem que são boas, que não são como as outras que matam, roubam, mentem, traem, se prostituem, se drogam, bebem, fumam, etc.… Assim, se eu digo que Jesus as ama, eu posso estar levando elas a acreditar que apesar de seus erros, elas tem qualidades que fazem com que Jesus as ame. Esse é o perigo.
2º) Dizer que Jesus ama alguém não revela a ninguém a mensagem do Evangelho – porque a mensagem do Evangelho não começa dizendo ao pecador que Jesus o ama. O Evangelho humilha o homem para poder salvá-lo. O Evangelho diz ao homem o que ele é, para poder apresentar Cristo como Ele é. O Evangelho revela aquele que pode salvar o homem da condição em que ele está, e se ele não descobrir a situação em que está, nunca poderá correr para Cristo, recebê-lo em seu coração, arrepender-se amargamente de seus pecados e lutar contra eles, e viver em paz com Deus. Segundo J. I. Packer, em seu livro ‘A Evangelização e a soberania de Deus’, “há somente um meio de evangelização: que é o evangelho de Cristo, explicado e aplicado. A fé e o arrependimento, os dois elementos complementares de que consiste a conversão, acontecem em resposta ao evangelho”. Ou seja, um pecador não pode ser salvo com essa simples frase, visto que o que salva o homem da condenação é Cristo sendo revelado nas Escrituras a partir do Evangelho pregado por nós, cristãos.
3º) Dizer que Jesus ama alguém incrédulo não é verdade – essa parte é delicada, por isso vou tratá-la com toda a clareza possível. Responda: Deus ama seus inimigos? Ele salvará seus inimigos do inferno? Ele dá aos Seus inimigos os privilégios espirituais que Ele dá a Seus filhos? A resposta para essas perguntas é uma só: NÃO. A frase “Deus ama o pecador, mas odeia o pecado” é, em certo sentido, errada, pois aqueles que se converteram a Cristo são pecadores, e a esses é estendido o amor de Deus. Porém o que move o coração de Deus quanto aos incrédulos é a Sua graça e misericórdia, que é a “causa de não sermos consumidos” (Lamentações 3.22). Há um sermão, chamado “Pecadores nas mãos de um Deus irado”, de Jonathan Edwards, que nos revela a situação do homem sem Cristo. É uma pregação muito forte, que desmascara o homem e o motiva a correr sem pensar para Cristo. Saiba que, se você crê em Cristo, você é amado. Mas aquele que não crê, não pode ser amado, a não ser que se arrependa dos seus pecados, deixando a condição de criatura para se tornar filho de Deus.
Enfim, para efeito de conclusão, quero deixar claro que o amor, a graça e a misericórdia de Deus estão estendidos a qualquer um, mas a qualquer um que, em seu coração, sinta o desejo de seguir a Cristo, o busque em arrependimento, e viva uma vida de serviço e devoção a Cristo, que veio ao mundo para salvar pecadores, dos quais eu, Douglas Carias dos Santos Silva, sou o principal. (ver I Timóteo 1.15).
Pela graça de Deus, que ama os Seus incondicionalmente,
Douglas.