quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A IMPORTÂNCIA DA SANTIDADE



1Pe. 1.13-15
13 Portanto, estejam com a mente preparada, prontos para a ação; sejam sóbrios e coloquem toda a esperança na graça que lhes será dada quando Jesus Cristo for revelado. 14 Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus desejos de outrora, quando viviam na ignorância. 15 Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem,

O que significa santidade?
Qual a importância da santidade na vida cristã?

Começamos este estudo com essas preguntas por simples razões, que precisamos analisar. Quando falamos varias e varias vezes sobre um assunto, isso no trabalho, na escola, ou em quaisquer outras áreas da nossa vida, isso mostra a importância que este assunto, ou tema tem para aquela realidade. A importância de algo ou de alguém é percebida, na maioria dos casos, pelo número de vezes que se comenta a seu espeito.

Isso também acontece com relação a alguns estudos bíblicos, pois quando alguns assuntos se tornam relevantes, percebe-se claramente a insistência em aborda-lo. Assim sendo se a santificação é um assunto pouco discutido na igreja, talvez seja porque a sua importância, para a vida cristã, tenha sido desconsiderada ou desprezada. Faça uma pequena reflexão, há quanto tempo você é evangélico? Nesse tempo você já foi instruído por seu líder, ou pastor a respeito da santidade, e qual a importância que ela tem para aas nossas vidas?

Definindo o que é santidade:
Acredito que seja mais produtivo esse estudo, se dizer o que não é santidade, assim teremos uma compreensão melhor quando ela for definida.

1.    SANTIDADE NÃO É
A.    MERO MORALISMO
Notadamente, alguns cristãos se destacam por sua postura moral, seu comportamento ético, honestidade, firmeza de caráter e palavras. Espera-se exatamente isso de cada cristão e é indiscutível que uma postura moral elevado faça parte de uma vida santificada. No entanto uma pessoa não precisa ser necessariamente cristã para ter essas qualidades, um padrão moral e de conduta. Veja o que fala Jesus em:
Mt 5. 46,47. 46 Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa receberão? Até os publicanos fazem isso! 47 E se vocês saudarem apenas os seus irmãos, o que estarão fazendo de mais? Até os pagãos fazem isso! Mt.19.16-22 16 Eis que alguém se aproximou de Jesus e lhe perguntou: "Mestre, que farei de bom para ter a vida eterna? " 17 Respondeu-lhe Jesus: "Por que você me pergunta sobre o que é bom? Há somente um que é bom. Se você quer entrar na vida, obedeça aos mandamentos". 18 "Quais? ", perguntou ele. Jesus respondeu: " ‘Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, 19 honra teu pai e tua mãe’ e ‘amarás o teu próximo como a ti mesmo’". 20 Disse-lhe o jovem: "A tudo isso tenho obedecido. O que me falta ainda? " 21 Jesus respondeu: "Se você quer ser perfeito, vá, venda os seus bens e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me". 22 Ouvindo isso, o jovem afastou-se triste, porque tinha muitas riquezas. Lc. 6. 32,33 32 "Que mérito vocês terão, se amarem aos que os amam? Até os ‘pecadores’ amam aos que os amam. 33 E que mérito terão, se fizerem o bem àqueles que são bons para com vocês? Até os ‘pecadores’ agem assim.
Outros textos: Lc. 11.12; At. 10. 1,2; 16.14; Rm. 2.14,15.
Encontramos em vários seguimentos da sociedade, pessoas cujo caráter e excelência moral superam em muito os daqueles contados como cristãos. Não estou dizendo que essa pessoa não sejam cristãos, pois sabemos que valores e práticas morais são construídos e lapidados ao longo de todo um processo. Basta olhar para nós mesmos e ver o quanto ainda temos uma longa estrada a percorrer na construção de uma vida imprescindível diante de Deus.
B.     ATIVISMO RELIGIOSO
Geralmente se confunde santidade com ativismo religioso, eu fui um que passei por esse processo, achava que a minha atividade na igreja, como líder, chegava cedo, arrumava tudo para o inicio do culto e etc... Era uma vida de santidade, mas quando apertado pelo Senhor descobrimos a nossa fragilidade, e quando Deus quer que entendamos a nossa situação, ele nos balança de uma forma que, não conseguimos suportar a sua santidade. Tendemos a qualificar as pessoas como santificadas na medida em que elas assumem cargos de liderança na igreja, ou se envolvem nas mais diversas atividades do templo. Aprendi que servir a Deus tem que partir de um coração voluntário, esse sentimento nasce naturalmente, uma vida consagrada a Deus trará prazer em servi-lo e servir ao próximo, mas ativismo religioso não pode ser sinônimo de vitalidade espiritual e em muitos casos é sintoma de que alguma coisa não está bem. Lc. 10.40-42.
C.    CONHECIMENTO DOUTRINÁRIO
O conhecimento doutrinário é fundamental para a vida cristã sadia e equilibrada, mas existem pessoas que estudam e esse conhecimento vira uma doença na cabeça dessas pessoas, que começam a interpretar de uma forma errada e perigosa contra ele mesmo, contra o próximo e contra Deus. Esse conhecimento é extremamente necessário para os cristãos. No passado vemos relatos, estudos e a própria Bíblia trazendo informações, sobre este assunto, sobre crescer no conhecimento. 2Pe. 1. 2,3 Graça e paz lhes sejam multiplicadas, pelo pleno conhecimento de Deus e de Jesus, o nosso Senhor. 3 Seu divino poder nos deu todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude.
Porem se esse conhecimento, que nos foi dado em Jesus Cristo usarmos para o nossas próprias teorias e ideias, estamos em sérios apuros. o teo o conhecimento sozinho, não é sinônimo de santificação. É verdade que precisamos dos conhecimentos teológicos, bíblicos e doutrinários para crescer espiritualmente, todavia esses conhecimentos devem ser usados como uma ferramenta. A partir do momento em que ele se torna um objeto em si mesmo, perderá a sua razão de ser.
2 Pe. 1. 5-8 5 Por isso mesmo, empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o conhecimento; 6 ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade; 7 à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor. 8 Porque, se essas qualidades existirem e estiverem crescendo em suas vidas, elas impedirão que vocês, no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, sejam inoperantes e improdutivos.

D.    ESPERIENCIAS ESPIRITUAIS
Outra prática que se percebe em nossos dias é igualar a santificação com experiências espirituais. A vida cristã é uma comunhão diária e intensa com o Senhor Deus e não pode ser padronizada por ninguém, a não ser pela própria Bíblia. Assim como em todos os relacionamentos, o relacionamento com Deus é marcado por experiências individuais. Entretanto ninguém pode ser rotulado como mais ou menos santo pela qualidade e tipos de experiências que tem um exemplo à igreja de Corinto. “Eu sou de Paulo, outros, eu de Apolo e etc”.

2.       SANTIDADE É

a.      No Antigo Testamento
A Palavra hebraica usada para se referir ao que é santo é “qadosh”, cujo significado básico é “separar dentre outras coisas”. Entretanto, as opiniões sobre o significado da palavra santificar, no Antigo Testamento, oscilam entre “brilhar e cortar”. Uma da à ideia de pureza e a outra de separação. No entanto, o conceito de separação é mais forte e adequado para o uso do termo. Pessoas eram separadas para serviços específicos. LV. 21.8 e utensílios eram separados para serem usados no templo Êx. 35. 10-19. A palavra também se refere a uma separação de cunho moral e ético que distinguiria o povo de Israel dos demais. Em fim os termos relacionados à santificação. No Antigo Testamento, apontavam para a realidade de que Israel era o povo santo (separado) para o serviço de Deus e deveria evitar qualquer coisa que desagradasse a esse Deus. Ainda que o conceito de santidade tenha em si a realização de atributos morais e espirituais, ele tem muito mais a ver com um estado de relacionamento, de comunhão e consagração ao Senhor.
b.      No Novo Testamento
No Novo Testamento a palavra é “hagios”. Essa palavra é usada para descrever a santificação dos crentes em dois sentidos: O primeiro é a separação da prática do pecado deste mundo; O segundo é a consagração ao serviço de Deus.
c.       Definição
Em primeiro ligar devemos lembrar que o pecado trouxe a humanidade duas consequências das quais advém todos os demais problemas da raça humana:
A culpa e a corrupção. A culpa está relacionada com a penalidade pela desobediência do homem a Deus e a justa retribuição pela mesma. Neste caso, o homem se encontra condenado.
A corrupção. É o efeito do pecado sobre toda a natureza humana, levando assim o ser humano a cometer mais pecados ainda. Neste caso o home se encontra corrompido. A justificação é a solução para a culpa do pecado. Ela ocorre quando o pecador é declarado por Deus justificado da sua culpa, não pesando sobre o homem nenhuma condenação. Rm 5.1, é algo que acontece fora da pessoa e de modo definitivo. É um ato livre, soberano e gracioso do Senhor Deus, no qual o homem não tem nenhuma participação ou mérito. Todo esse processo tem como base a obra expiatória de Jesus Cristo, que morreu na cruz do Calvário.
A corrupção por sua vez, é tratada pela santificação. Segundo o breve Catecismo de Westminster a “santificação é a obra da livre graça de Deus, pela qual somos renovados em todo nosso ser, segundo a imagem de Deus, habilitados a morrer cada vez mais para o pecado e a viver para a retidão”. (Pergunta 35). Essa obra da graça de Deus, diferentemente da justificação, é realizada dentro de nós. Seu agente é o Espírito Santo que aplica em nós os resultados da morte e ressurreição de Jesus Cristo, a quem o crente está unido. A santificação também envolve a nossa participação responsável, e o seu objetivo é restaurar a imagem de Deus, que em nós ficou corrompida por causa do pecado, e nos habilitar a viver de forma a agradá-lo. Partindo dos conceitos bíblicos, pela santificação somos capacitados a um novo relacionamento com o Criador, tanto para servi-lo quanto para adora-lo.

3.      Aspectos da santidade na vida pessoal
Uma vez que a santidade não pode ser confundida com práticas externas, vejamos inicialmente como ela está intimamente ligada à vida de uma pessoa.

A santidade e o Coração
A palavra coração no sentido bíblico é usada como o centro da vida pessoal, a fonte de toda motivação, dos pensamentos e dos desejos, ou seja, o mais intimo do ser humano. Segundo o ensino bíblico, a santidade começa exatamente no coração, já que todas as atitudes humanas são praticamente, reflexos daquilo que se passa nele. Pv 27.19 Assim como a água reflete o rosto, o coração reflete quem somos nós. O Antigo Testamento está repleto de referências que tratam da importância que tem o coração do homem diante de Deus.
Dt. 6. 5 Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças.
Sl. 51.10 Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável.
Sl. 119.11. Guardei no coração a tua palavra para não pecar contra ti.
Pv. 4.23 Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida.
Jesus Cristo em seu ministério, insistiu que, se o coração não estiver santificado, todo o corpo estará em pecado.
Mt. 15.19 Pois do coração saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as imoralidades sexuais, os roubos, os falsos testemunhos e as calúnias.
Mc.7.21 Pois do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios,
Por isso, a análise que o Senhor Deus faz da vida de uma pessoa começa pelo coração. 1Sm 16.7 O Senhor, contudo, disse a Samuel: "Não considere a sua aparência nem sua altura, pois eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração".
Rm.8.27 E aquele que sonda os corações conhece a intenção do Espírito, porque o Espírito intercede pelos santos de acordo com a vontade de Deus.
Assim, sendo, se alguém deseja trilhar o caminho da santificação deve começar examinando as suas motivações interiores, elas devem proceder do coração. Deste modo a santificação não será confundida com ascetismo, formalismo ou legalismo. A santificação deve ser uma resposta de gratidão do pecador pela graça recebida, reconhecendo não haver nele nenhum bem que o fizesse merecedor.

A santidade e o Temperamento
Geralmente as pessoas culpam seu temperamento para justificar as suas faltas. Diversos pecados são apontados, meramente como características de um determinado tipo de temperamento. Assim passou a ser a preguiça, ira, animosidade, cinismo, dentre tantos outros. Embora para algumas pessoas seus comportamentos sejam reações naturais da sua forma de ser, isso não significa que algumas das suas atitudes ou reações não sejam pecaminosas. O temperamento de cada pessoa também está sujeito ao pecado e precisa ser trabalhado na escola da santificação. (Gn. 4. 7 Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo"). Veja a repreensão que Deus estava dando a Caim, fala de procedimento, pensamentos pecaminosos, atitudes erradas. E no final do versículo Ele diz a Caim. Esses desejos você deve domina-lo. Tem muitos cristãos que se escondem nessas atitudes, agem de uma forma grosseira, arrogante pra com outras pessoas e se alicerça na sua verdade “ele tinha que escutar o que eu estou falando, ninguém fala dos erros dele, alguém tem que falar algumas verdades pra essa pessoa”. E usam de palavras fortes e erradas para tentar corrigir tal pessoa. O apostolo Paulo exortando aos gálatas ele diz. Gl.6. 1 Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vocês, que são espirituais deverão restaurá-lo com mansidão. Cuide-se, porém, cada um para que também não seja tentado. O apostolo ainda orienta dizendo, cuide-se pra não cair no mesmo erro. Então, assim sendo, precisamos observar a nossa atitude, no falar, no temperamento, na nossa forma de agir.

A santidade e os relacionamentos pessoais
Viver uma vida isolada, distante das pessoas, ou das grandes cidades, ou em mosteiros etc. não nos leva a uma vida de santidade. Muitos acham que viver em uma vida isolada em mosteiros, ou, coisa desse tipo, o ajuda a ter uma vida de santidade. Errado!
Certamente existe a necessidade de cultivarmos momentos de comunhão com Deus, porém, definitivamente, não há santificação na busca do isolamento pleno. Cl 2.23 Essas regras têm, de fato, aparência de sabedoria, com sua pretensa religiosidade, falsa humildade e severidade com o corpo, mas não têm valor algum para refrear os impulsos da carne. Aliás, é exatamente por meio dos relacionamentos que haverá, ou não, a genuína demonstração de uma vida de fé e amor. 1Co. 13.2 Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei.
Tg. 2.17 Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta.
Na comunidade é que somos edificados e temos o nosso caráter testado e moldado. Na igreja, na família e na sociedade é que demostramos, ou não, os frutos do Espírito e as marcas de um coração santificado.
Ef. 4.11-16 11 E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, 12 com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, 13 até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo. 14 O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro. 15 Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. 16 Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função.

A importância da santidade para a igreja.
Numa época em que tanto se discute estratégias de crescimento e planejamento de igrejas, talvez a santidade, um dos principais itens, seja esquecido. Vejamos algumas verdades ministeriais do trabalho eclesiástico onde a santidade é fundamental.
1.      Pregação e ensino da Palavra de Deus. Não se vê mais pregação e estudo com esse tema. Existe todos tipos de temas menos esse SANTIDADE PARA A IGREJA DO SENHOR.
2.      Liderança. A cada dia vem crescendo o número de seminários e escolas de estudos teológicos, escola de formação de lideres etc. Técnicas são desenvolvidas e uma quantidade enorme de livros é vendida anualmente sobre o assunto. E com isso muitos tem se afastado do verdadeiro ensinamento, muitos tem esquecido este principal quesito. Não se pode esquecer que o comprometimento com a santidade é indispensável àquele que quer servir como líder entre o povo de Deus. Gn.71; Js.1.7,8; 1Sm.15.22. Essa orientação bíblica deve ser aplicada com sabedoria por todos aqueles que estão imbuídos da tarefa de escolher seus lideres. At. 6.3; 1Tm. 3.1-7; Tt.1.5-9. Se deixarmos que o prestigio de uma pessoa, sua formação acadêmica, seu carisma ou apresentação pessoal nos fascinem, corremos o risco de fazer uma má escolha, assim como aconteceu, por exemplo com Israel ao escolher seu primeiro rei, Saul.
3.      Evangelismo. O conteúdo da atual evangelização também deve ser reavaliado segundo o proposito de Deus, que é a santificação para seus filhos. 1Ts 4.3ª A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham-se da imoralidade sexual. A mensagem do evangelho sempre foi pregada com ênfase ao arrependimento, que era uma exigência.
Mt. 3.2  Ele dizia: "Arrependam-se, porque o Reino dos céus está próximo".
Mt.4.17 Daí em diante Jesus começou a pregar: "Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo".
At. 2.38 Pedro respondeu: "Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo.
At. 17.30,31 No passado Deus não levou em conta essa ignorância, mas agora ordena que todos, em todo lugar, se arrependam.
31 Pois estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio do homem que designou. E deu provas disso a todos, ressuscitando-o dentre os mortos".
At.26.20 Preguei em primeiro lugar aos que estavam em Damasco, depois aos que estavam em Jerusalém e em toda a Judéia, e também aos gentios, dizendo que se arrependessem e se voltassem para Deus, praticando obras que mostrassem o seu arrependimento.
Não basta um mero assentimento intelectual ou comprometimento social, porque o proposito de Deus na vida do pecador começa com a sua regeneração e caminha em direção à glorificação. A entrada que liga essas duas pontas é a santificação. Esse modelo bíblico de evangelização, onde o que é requerido do pecador é claramente explicado, deveria ser levado muito mais a serio, assim, o evangelho deixaria de ser apresentado como proposta de um bom negócio com Deus. Precisamos redescobrir a santidade, precisamos ver qual a importância que a santidade tem pra nossa vida cristã. Para finalizarmos meditemos nesse texto.

1 Pe.1.16
pois está escrito: "Sejam santos, porque eu sou santo".

Tg. 1.4
E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma.

Mt. 5.48
Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês".

Que Deus nos ajude a vivermos uma vida de santidade.

REFERÊNCIAS
Texto retirado e adaptado da Revista Palavra Viva O desafio da fé Ed. Cultura Cristã; Santidade Pessoal em Tempos de Tentação - Bruce Wilkinson, São Paulo: Mundo Cristão, 2002; São Paulo, 21 de setembro de 2007. Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa.

Josias Sillva
Javé Nissi

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Redescobrindo a Santidade


Hb. 12.14

Na presença do Senhor Gn. 17.1-8
Precisamos viver uma vida de santidade para podermos entrar na presença do Senhor, quando Ele diz a Abraão. “v1 Anda na minha presença e ser perfeito”

Deus está Presente Gn. 28. 10-17
Onde Deus se faz presente, ai há santidade, tudo se torna santo. “Vrs  16 Despertando Jacó do seu sono, disse: Na verdade, o Senhor está neste lugar e eu não sabia. 17 e temendo disse: Quão temível é este lugar! É a casa de Deus a porta dos céus”.

Perto do Deus Santo Êx. 3.1-6
Uma aproximação de um Deus tão santo, corremos um risco muito grande, de sermos consumidos por sua ira. “Vrs 4 E vendo o Senhor que ele se virara para ver, chamou-o do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés! Respondeu ele: Eis-me aqui. 5 Prosseguiu Deus: Não te chegues para cá; tira os sapatos dos pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa.

Fazendo a vontade do Pai Mt. 7. 15-23
Quando não fazemos a vontade do Pai, o resultado final será. V23 Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.

O Maior dos Sinais Mt. 12. 38-42
A incredulidade, o usar Deus como o gênio da lâmpada, fazendo todos os pedidos e esperando que ele os realize. Embora Cristo esteja sempre preste a ouvir e responder os desejos e as orações santas, os que pedem mal, pedem e, contudo, não obtêm. Foram dados sinais aos que os desejavam para confirmar sua fé, como a Abraão e a Gideão; porém foram negados aos que os exigiam para escusar sua incredulidade. A ressurreição de Cristo dentre os mortos por seu poder aqui é chamada de sinal de Jonas, o profeta, e é a grande prova de que Cristo era o Messias. Como Jonas esteve três dias e três noites no grande peixe, e depois tornou a sair vivo, assim estaria Cristo esse tempo no túmulo e ressuscitaria.

Ver para crer Jo. 20. 24-29
24 Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. 25 Diziam-lhe, pois, ou outros discípulos: Vimos o Senhor. Ele, porém, lhes respondeu: Se eu não vir o sinal dos cravos nas mãos, e não meter a mão no seu lado, de maneira nenhuma crerei. 26 Oito dias depois estavam os discípulos outra vez ali reunidos, e Tomé com eles. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: Paz seja convosco. 27 Depois disse a Tomé: Chega aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não mais sejas incrédulo, mas crente.
28 Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu, e Deus meu! 29 Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram.

Agradando a Deus 1Ts 4. 1-8
3 Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição, 4 que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra, 5 não na paixão da concupiscência, como os gentios que não conhecem a Deus; 6 ninguém iluda ou defraude nisso a seu irmão, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos. 7 Porque Deus não nos chamou para a imundície, mas para a santificação. 8 Portanto, quem rejeita isso não rejeita ao homem, mas sim a Deus, que vos dá o seu Espírito Santo.

Só agradamos a Deus quando o obedecemos e Ele nos chamou para a santidade, então onde anda a santidade?
Temos um texto base que queremos trabalhar com ele. Hb. 12.14 Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.

O comentário bíblico do N.T. de Mattew henry diz o seguinte.

Uma carga aflitiva pode fazer que caiam as mãos do cristão e que seus joelhos se debilitem, em desespero e desânimo; contudo, deve lutar contra isso para correr melhor a sua carreira. A fé e a paciência capacitam os crentes para seguir a paz e a santidade como um homem que segue sua vocação constante, diligentemente e com prazer. A paz com os homens de todas as seitas e partidos, será favorável para a nossa busca da santidade. Porém, a paz e a santidade vão juntas, não pode haver paz justa sem santidade. Onde as pessoas não conseguem ter a graça verdadeira de Deus, prevalecerá e irromperá a corrupção; tenham cuidado, não seja que alguma concupiscência do coração, sem mortificar, que pareça morta, brote para perturbar e transtornar todo o corpo.
Descaminhar-se de Cristo é o fruto de preferir os prazeres da carne à bênção de Deus e à herança celestial, como fez Esaú. Porém, os pecadores não sempre terão pensamentos tão vis da bênção e da herança divina como os têm agora. Concorda com a disposição profana do homem desejar a bênção, mas desprezar os médios pelos quais deve obter-se a mandamentos, porque Deus nunca separa a bênção do médio, nem ume a bênção com a santificação da luxúria do homem. A misericórdia de Deus e sua bênção nunca se buscam com cuidado sem serem obtidas.

Quando ouvimos, ou lemos essa palavra santidade, o que vem a nossa mente? Qual a ideia que temos com relação a este tema? Vivemos em uma pais onde se fala de tanto santo, mas quem é o verdadeiro santo? Este é um tema que sumiu do nosso meio cristão, isso porque agora temos outros temas, outros assuntos tem ganhado espaço no meio do povo que se diz que é e serve a um Deus Santo. O que ocorreu com o assunto santificação em nosso meio? Por isso o tema, Redescobrindo a Santidade. Queremos tratar de algumas verdades que esta existindo no meio do povo cristão.

I – Primeiro – A Santidade ou busca do Prazer
Um dos grandes anseios do ser humano sempre foi a felicidade. O próprio Deus, ao criar a humanidade e concluir toda a sua obra, disse que tudo era muito bom. Gn. 1. 31. Havia um estado de perfeita harmonia e equilíbrio em toda a criação, permitindo assim ao homem viver uma vida de plenitude e satisfação. Em termos bíblicos o homem possuía a “imagem e a semelhança de Deus”. Porém a desobediência trouxe o caus. E a morte espiritual ao homem. Tornamo-nos inimigos do criador de todas as coisas. Esse pecado trouxe uma desintegração e uma desarmonia, com a criação, consigo mesmo, com o próximo e com o próprio Deus. A partir de então o homem passou a buscar meios que aliviassem o seu sofrimento e lhes conferissem satisfação. No entanto, a sua dificuldade sempre foi diferenciar a verdadeira alegria e felicidade do prazer transitório e enganoso que é sugerido pela sua natureza agora pecaminosa. Agora a busca é por um mundo que não vive os princípios do Senhor Deus de toda a criação.

Ao olharmos o nosso contexto atual, percebemos que numa tentativa de aliviar todo o sofrimento de uma vida de pecado o ser humano vive numa busca desenfreada a buscar uma satisfação pessoal, abandonando assim o caminho o caminho para a verdadeira felicidade que é o caminho da santidade. Vemos isso nas Bem-Aventuranças ensinadas por Jesus. Ele expõe com clareza a simplicidade que ninguém pode ser bem-aventurado ou feliz sem viver de acordo com os princípios do reino de Deus. Mt. 5.3-11.

Provérbios 3

1 Filho meu, não te esqueças da minha instrução, e o teu coração guarde os meus mandamentos; 2 porque eles te darão longura de dias, e anos de vida e paz. 3 Não se afastem de ti a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço, escreve-as na tábua do teu coração; 4 assim acharás favor e bom entendimento à vista de Deus e dos homens. 5 Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. 6 Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. 7 Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal. 8 Isso será saúde para a tua carne; e refrigério para os teus ossos. 9 Honra ao Senhor com os teus bens, e com as primícias de toda a tua renda; 10 assim se encherão de fartura os teus celeiros, e transbordarão de mosto os teus lagares. 11 Filho meu, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te enojes da sua repreensão; 12 porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem. 13 Feliz é o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire entendimento;

Salmos 1
1 Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores; 2 antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite. 3 Pois será como a árvore plantada junto às correntes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará.

Tiago 5.11
Eis que chamamos bem-aventurados os que suportaram aflições. Ouvistes da paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu, porque o Senhor é cheio de misericórdia e compaixão.

IPe. 3.10
 Pois, quem quer amar a vida, e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano;

Logo, o homem faria um grande bem a sua vida, se antes de priorizar a busca de prazeres em sua vida, priorizasse a busca de uma vida santa e de obediência aos mandamentos de Deus.
II – Segundo – Santidade ou Sucesso
Outro tema priorizado em muitos púlpitos, bem como na mídia evangélica é a busca do sucesso e da realização pessoal. Multiplicam-se os testemunhos de pessoas que alcançaram estabilidade financeira, bem-estar físico e sentimental. Não que essas coisas em si sejam erradas ou que Deus não possa nos abençoar com todas elas. A dificuldade é que esquecemos que já somos abençoados. Efésios 1. 3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo A questão é! Sempre corremos atrás dos nossos desejos pessoais, do sucesso desenfreado, do reconhecimento desenfreado. Esses desejos passaram a ser o alvo da atual mentalidade de muitos cristãos como também o seu padrão de espiritualidade. Ou seja, muitos cristãos passaram a ter sua fé quantificada na medida em que esses valores estão presentes em sua vida. Logo, dinheiro, saúde e um bom relacionamento amoroso, precedem em importância a esperança do reino celeste, a perseverança em meio às tribulações e a um relacionamento de amor e obediência a Deus. O apostolo João mencionou esse desvio de conduta espiritual ao falar sobre a “Concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida” 1Jo 2.16. Nesse versículo, o apostolo nos adverte que aquilo que vemos e desejamos pode ser muito perigoso para a nossa saúde espiritual e o nosso relacionamento com Deus. Assim essa advertência deve ser recebida com bastante atenção, principalmente numa época dominada pelo materialismo e consumismo. Esse método de satanás é antigo Mt. 4. 8,9 ele sempre ofereceu esses prazeres, mas nunca se torno tão evidente e eficaz como nos dias de hoje. Valorização do conforto, a vida fácil, a opulência, a fama e a privacidade quando se trata de exigência de valores morais. Essa maneira de pensar e agir é perceptível numa evangelização que mais se assemelha a manipulação de massa, shows realizados a pretexto de culto e uma busca frenética para a exposição na mídia, seja na televisão, em revistas ou no mercado fonográfico.
Em meio a toda essa realidade, resta-nos perguntar onde se encaixam os ensinamentos bíblicos, como a exposição da lei moral de Deus; as marcas do cristão ensinadas nas bem-aventuranças; os frutos do Espírito; no negar-se a si mesmo e a ordem para ser al da terra e luz do mundo?

III – Terceiro – A Santidade e a Busca do Sobrenatural
Outra constatação é que a santidade tem sido substituída também pela procura do sobrenatural. Multiplicam-se os apelos e avisos de reuniões, encontros, seminários e cultos sobre o exorcismo, curas, sinais, prodígios, caminhada do sal grosso e etc. há uma grande busca e valorização dessas praticas, mas pouco interesse em aprender a conduta que se requer de todo aquele que professa a fé em Jesus Cristo. Quantas reuniões, congressos, conferencias ou encontros são anunciados para tratar de temas como; DOMINIO PRÓPRIO, MANSIDÃO, PUREZA NOS RELACIONAMENTOS, VITÓRIA SOBRE O ORGULHO E A COBIÇA, PERSEVERANÇA EM MEIO AS TRIBULAÇÕES. Quantos casamentos de cristãos estão no caus. Quanto estão sofrendo a juventude cristã, sendo bombardeadas com um esgoto da mídia sendo despejado nas mentes desses jovens. Quantos departamentos de missões estão um verdadeiro deserto de homens e mulheres que paguem o preço de anunciar o evangelho de Jesus Cristo. Isso porque estamos correndo atrás do sobrenatural. Além desses temas não serem lembrados, são também desprezados, pois têm um apelo muito pequeno em relação ao sensacional e o extraordinário, atraído assim bem poucos interessados. Não é de hoje que isso acontece, essa busca pelo extraordinário. Naamã, por exemplo, esperava algum ato mirabolante da parte do profeta Eliseu antes de ser curado 2Rs. 5.11. os escribas e fariseus pediram a Jesus que lhes mostrassem algum sinal. Mt 12.38; 16.1; Mc. 8.11. e da mesma forma, Herodes queria ver Jesus fazer algo espetacular. Lc. 23.8. Esses exemplos mostram o fascínio humano por coisas sobrenaturais.

Jesus advertiu os seus discípulos duas vezes quanto a essa possibilidade. A primeira foi no Sermão do Monte, quando ele disse que muitos se gloriariam de ter profetizado, expulsado demônios e realizado milagres. Porém, a avaliação espiritual dessas pessoas não seria feita por esses atos extraordinários, mas sim pela forma como elas viviam. Mt. 7. 21-23. A segunda foi o retorno dos setenta que foram enviados a pregar. Em meio à euforia pelo que havia realizado e pelo fato de os próprios demônios se submeterem a eles, Jesus advertiu aos seus discípulos que a grande fonte de alegria deles deveria ser a certeza da salvação. Lc 10.20. Esses relatos servem para nos lembrar de que muito mais que qualquer realização espetacular, o Senhor requer de nós uma vida santa e um relacionamento íntimo com ele. Acontecimentos sobrenaturais podem ser falsificados. 1 Co 11. 13-15, os frutos do Espírito não Gl. 5.16-23. É importante entender que essa advertência não significa que Deus não possa curar e milagrosamente, manifestar a sua providencia ou livramento. Um exemplo de seu milagre e providencia é esse me dando o ar que respiro e a saúde para escrever essas palavras. O enfoque nesse momento é a inversão de valores daquilo que deve ser buscado por todo cristão, pois se percebe um interesse muito maior no extraordinário e espantoso do que numa vida santa e piedosa.

Conclusão:
Chegando a uma conclusão através deste assunto que refletimos, é que; há um descaso muito grande da igreja do Senhor Jesus com relação a santidade. Precisamos redescobrir essa pérola escondida e vivermos uma vida de santidade sem a qual não veremos o Senhor.

Hb. 12.14 Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.

REFERÊNCIAS
Revista palavra Viva O desafio da fé Ed. Cultura Cristã; Santidade Pessoal em Tempos de Tentação - Bruce Wilkinson, São Paulo: Mundo Cristão, 2002; São Paulo, 21 de setembro de 2007. Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa.


Josias Sillva.
Javé Nissi.